Há meses ensaio para inaugurar um blog, colocar na rede idéias, reflexões, notícias, trajetos e tantas outras coisinhas, mas adiava, era preguiça mesmo. No entanto, a “manchete" acima foi decisiva, não podia mais esperar.
Pensava em inaugurá-lo na minha pesquisa de campo do mestrado, com as sujeitas que são meus objetos de estudo: mulheres encarceradas, negras e grávidas da Penitenciária Feminina de Santana. Não pude esperar.
Numa banca de jornal nada rebuscada, na ZN de São Paulo, sabadão, estávamos em família. O maridinho estava na caça de umas revistas, eu ia atrás de outras e o filho observava e folheava sem jeito páginas coloridas de super-heróis, Turma da Mônica e o que mais tivesse ao seu alcance e chamasse a atenção.
Tinha Veja, Cláudia, Caros Amigos e tantas outras .
Enquanto pagávamos ao senhor do caixa, certamente o dono daquele espaço, fomos surpreendidos, pais jovens que somos, pela exclamação do rebento: “Olha, mãe, a bunda dela”! Era a bunda tatuada da Mulher Melancia, na capa da Playboy.
Um tanto desconcertada, confesso, na banca cheia de gente, peguei delicadamente a revista da mão da criança, dizendo um “é, filho” e nada mais. Os pequenos insistem quando a resposta é insuficiente. Ele estava satisfeito, não precisou de outros comentários.
Eu fiquei pensativa. As "pegadinhas" dos filhos começam cedo e exercitam o molejo na cintura e a reflexão na cabeça. Do que se faz a atualidade? Sem prévias conclusões, meu rebento tem apenas três anos.
Pensava em inaugurá-lo na minha pesquisa de campo do mestrado, com as sujeitas que são meus objetos de estudo: mulheres encarceradas, negras e grávidas da Penitenciária Feminina de Santana. Não pude esperar.
Numa banca de jornal nada rebuscada, na ZN de São Paulo, sabadão, estávamos em família. O maridinho estava na caça de umas revistas, eu ia atrás de outras e o filho observava e folheava sem jeito páginas coloridas de super-heróis, Turma da Mônica e o que mais tivesse ao seu alcance e chamasse a atenção.
Tinha Veja, Cláudia, Caros Amigos e tantas outras .
Enquanto pagávamos ao senhor do caixa, certamente o dono daquele espaço, fomos surpreendidos, pais jovens que somos, pela exclamação do rebento: “Olha, mãe, a bunda dela”! Era a bunda tatuada da Mulher Melancia, na capa da Playboy.
Um tanto desconcertada, confesso, na banca cheia de gente, peguei delicadamente a revista da mão da criança, dizendo um “é, filho” e nada mais. Os pequenos insistem quando a resposta é insuficiente. Ele estava satisfeito, não precisou de outros comentários.
Eu fiquei pensativa. As "pegadinhas" dos filhos começam cedo e exercitam o molejo na cintura e a reflexão na cabeça. Do que se faz a atualidade? Sem prévias conclusões, meu rebento tem apenas três anos.
2 comentários:
Pois é, nessa idade eles se conformam com isso, espere mais uns dez anos pra ver a expressão do garoto kkkkkkkkkk.
bjão
Ainda acho lindo os rebentos...Mesmo sendo eternos, curiosos e crescendo entre vários peitos, bundas, drogas...Nossos medos e receios!!! Ui!
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