domingo, 11 de abril de 2010

Evidência de um romance

Eu não imaginava a rapidez. Tão logo ele saiu e já me envolvi. Flertávamos há anos, porém uma relação daquelas ainda não havia experimentado.

Nas três noites que estive só, eram três a ocupar o espaço vazio da cama e a me envolver até que adormecesse.

O casamento não havia permitido uma vivência tão intensa, portanto reflito que se não tivesse oficializado meu sério relacionamento, teria uma vida promíscua, de trocas a todo o momento. Estariam espalhados pela casa, pelo quarto, sobre os lençóis.

Após os três dias de viagem, ele voltou e, no cenário ainda intacto, se quer reparou no seu espaço ocupado. De certa forma, ele entende o romance, sabe do inevitável, já não há desconfiança ou suspeita.

Direcionei-os para o local adequado, onde se dispõem ao meu ataque. Estão ali, para mim, e eu os desejo quase que em todos os momentos, deliciosos e sábios livros.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Relatos que perturbam

Passar a Páscoa sozinha e estudando me faz comer ainda mais chocolate. Ah! Quantas calorias... E como são indispensáveis.

Sobre a última publicação, afirmo que o ano começou faz tempo. Ainda mais com o prazo do mestrado apertadíssimo.

Dos meados da graduação aos dias atuais, questiono-me sobre minha primeira opção de curso, Jornalismo. Deveria ter sido Ciências Sociais? Serviço Social? A verdade é que não há resposta, pois são grandes paixões. A melhor opção é experimentá-las, algo que faço desde o meu ingresso na pós-graduação, há quase três anos.

A prática jornalística é uma eficiente ferramenta para a organização do singelo conhecimento que tenho adquirido nas facetas das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A escrita e leitura são relevantes. Ouvi de amigos pesquisadores que ao me aproximar do objeto de estudo – um determinado ser humano, no meu caso – certamente teria insights inesperados e frequentes e que chegaria a perder algumas horas de sono, além de outros sintomas.

No meu caso ocorre tudo o que me foi indicado, afinal, como já publiquei em outras mídias sociais, “relatos de mulheres presas são instigantes, perturbadores e, por vezes, inacreditáveis”.

Não desgrudo do meu caderno de campo, ao qual recorro para registrar palavras ouvidas, imagens, instantes. É ele o meu único cúmplice de pensamentos ligeiros e inquietos.